A Santa Sé ratifica a Convenção de Adis Abeba sobre ensino superior 612369
Silvonei José - Cidade do Vaticano 622t4w
No dia 15 de novembro de 2019, em ato celebrativo da 40ª Sessão da Conferência Geral da UNESCO em Paris, o Observador Permanente da Santa Sé, mons. sco Follo, chefe da Delegação da Santa Sé na 40ª Sessão, depositou nas mãos da diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay, o instrumento de Ratificação da Santa Sé da referida Convenção Continental para o reconhecimento acadêmico de estudos, certificados, diplomas, láureas e outras qualificações no ensino superior na região africana da UNESCO. Tendo superado o número exigido de 10 Estados aderentes, a entrada em vigor da Convenção foi anunciada na mesma cerimônia.
Reconhecimento jurídico das Universidades católicas 34502h
Para a Santa Sé, cujas instituições acadêmicas e universitárias estão localizadas em muitos países de todos os Continentes, tais acordos multilaterais são particularmente importantes porque dão reconhecimento jurídico também às Universidades católicas, permitindo aos seus estudantes terminar os seus estudos no estrangeiro e encontrar um emprego em outro país, neste caso africano. Não surpreende, portanto, que a Santa Sé, como único sujeito soberano de direito internacional, não só tenha ratificado as quatro Convenções Continentais do gênero da UNESCO (Europa/América do Norte/Austrália, Ásia/Pacífico, África e América Latina), mas que nos últimos dez anos tenha também colaborado ativamente na redação dos textos da segunda geração das mesmas Convenções.
A presença educativa da Igreja 2u582k
Como na Convenção de Tóquio para a Ásia e o Pacífico, também a Convenção para a África reconhece a presença educativa da Igreja Católica na África, não como um serviço prestado do exterior, mas como uma autêntica expressão da educação superior africana, atribuindo à Santa Sé, no texto da Convenção, os mesmos direitos dos Estados africanos membros da UNESCO.
Agradecimentos da UNESCO à Santa Sé 3f3g2g
Também esteve presente na cerimônia o pe. Friedrich BECHINA, Subsecretário da Congregação para a Educação Católica e membro da Delegação da Santa Sé na 40ª Sessão da Conferência geral. Como recorda o Santo Padre no Documento de Ratificação, foi o próprio Subsecretário que, em 12 de dezembro de 2014, em nome da Santa Sé, assinou a Convenção depois de ter realizado a última versão do texto numa pequena comissão de peritos, durante a conferência internacional dos Estados convocada pela UNESCO.
Reconhecendo a grande experiência e competência da Santa Sé no campo da educação superior, a UNESCO incluiu seus representantes nos comitês de redação de todas as Convenções continentais recentemente atualizadas e, em particular, também da Convenção Global, que foi adotada nestes mesmos dias pela 40ª Sessão da Conferência Geral.
Angelus: somos chamados a deter a força do mal 163972
“Responder ao ódio com o amor, à ofensa com o perdão” afirmou o Papa ao rezar com os fiéis e peregrinos a oração do Angelus neste domingo (17/11) na Praça São Pedro
Jane Nogara - Cidade do Vaticano
Ao rezar a oração do Angelus com os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro neste domingo (17), o Papa Francisco falou sobre o Evangelho do penúltimo domingo do ano litúrgico, na versão proposta por São Lucas. Diante do templo de Jerusalém, Jesus profetiza que não ficará “pedra sobre pedra, tudo será destruído”.
“ A destruição do templo predita por Jesus não é tanto uma figura do fim da história como do final da história ”
O Pontífice explica, Jesus usa duas imagens aparentemente contrastantes: “a primeira é uma série de eventos assustadores: catástrofes, guerras, carestias, tumultos e perseguições” com traumas que “ferem a criação, a nossa casa comum, e também a família humana que nela vive, e a própria comunidade cristã”. Enquanto que a segunda, continua o Papa, está contida na certeza de Jesus que “nos diz sobre o comportamento que o cristão deve tomar ao viver esta história, caracterizada pela violência e pela adversidade”.
Esperança q2l27
Então Francisco afirma: "É a atitude de esperança em Deus que torna possível não se deixar dominar pelos trágicos eventos" e continua:
“ Os discípulos de Cristo não podem permanecer escravos de medos e angústias; pelo contrário, são chamados a viver a história, a deter a força destruidora do mal com a certeza de que a acompanhar a sua ação do bem está sempre a providencial e tranquilizadora ternura do Senhor ”
E o Papa recorda: “Tudo o que ocorre é conservado n’Ele; a nossa vida não pode ser perdida porque está em suas mãos”.
Papa: as religiões não são a causa da violência 3f5d1r
“A cultura do diálogo como caminho; a colaboração comum como conduta, o conhecimento recíproco como método e critério”. Palavras do Papa Francisco no encontro com os participantes do encontro promovido pelo “Instituto para o Diálogo Inter-religioso da Argentina”
Jane Nogara - Cidade do Vaticano
O primeiro compromisso do Papa Francisco nesta segunda-feira (18) foi a audiência aos participantes do encontro promovido pelo “Instituto para o Diálogo Inter-religioso da Argentina”.
O encontro tem como tema central a análise do documento: “Fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum” assinado em Abu Dhabi no dia 4 de fevereiro deste ano entre o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb. O Papa manifestou sua satisfação em “constatar que este Documento, de caráter universal, esteja se difundindo também nas Américas”.
Tradições, fonte de inspiração 6i722u
"Como disse durante a Conferência Mundial da Fraternidade Humana", continuou o Papa: “Não existe alternativa: ou construímos o futuro juntos, ou não haverá futuro. As religiões, de modo especial, não podem renunciar à urgente tarefa de contruir pontes entre os povos e as culturas”. E acrescenta: “Nossas tradições religiosas são uma fonte necessária de inspiração para fomentar a cultura do encontro, é fundamental a cooperação inter-religiosa, baseada na promoção de um diálogo sincero e respeitoso”.
Confirmando os objetivos o Pontífice destaca:
“ A intenção do Documento é adotar: a cultura do diálogo como caminho; a colaboração comum como conduta, o conhecimento recíproco como método e critério. De agora em diante pode-se afirmar que as religiões não são um sistema fechado que não se pode mudar, mas sim, que estão a caminho ”
O Papa recorda também que “a fraternidade é uma realidade humana complexa, à qual se deve prestar muita atenção e tratá-la com delicadeza”, portanto devemos sempre nos perguntar como agir, o que podemos fazer para que as religiões sejam canais de fraternidade e não barreiras de divisão.
“ É importante demonstrar que os que creem são um fator de paz para a sociedade humana e assim podemos responder aos que acusam injustamente as religiões de fomentar ódio e ser a causa da violência ”
Por fim Francisco afirma “No mundo precário de hoje, o diálogo entre as religiões não é um sinal de fraqueza. Isso encontra sua razão de ser no diálogo de Deus com a humanidade”.